Durante o exercício físico, o organismo esgota grande parte das suas reservas energéticas, nomeadamente de glicogénio, gorduras, vitaminas e sais minerais. Assim, após a competição, o atleta encontra-se fatigado pela agressão física e psíquica da competição, necessitando por isso de uma alimentação especial que lhe permita uma completa e rápida recuperação.
Assim, os objectivos principais da alimentação pós competitiva são:
• Desintoxicar o organismo dos produtos do desgaste muscular;
• Proceder à reparação das perdas do organismo provocadas pelo esforço.
É assim de extrema importância, nas 48 horas que sucedem o esforço físico, aumentar o aporte de água do organismo, estimulando assim a produção de urina e aumentando a excreção de produtos tóxicos. A água deve ser, por isso, alcalina (pH superior a 7), de modo a neutralizar a acidez do organismo, evitando uma acidose. A re-hidratação é maximizada quando o atleta ingere uma quantidade de líquidos correspondente a 150% da sua perda de peso corporal.
A dieta nas 24 horas posteriores ao esforço deverá ser hipocalórica, hipoproteica e hiperglicídica. Como normalmente há uma diminuição espontânea da fome e do apetite devido à existência de substâncias tóxicas ainda não libertadas, é aconselhável que a primeira refeição não contenha proteínas e que as seguintes sejam hipoproteicas. As refeições devem então ser essencialmente constituídas por glícidos, já que o principal objectivo é refazer as reservas de glicogénio hepático e muscular, tal como de triglicéridos.
A primeira refeição poderá ter a seguinte estrutura:
• Sopa de legumes (com um pouco mais de sal que o habitual);
• Arroz, batatas ou massas;
• Salada de vegetais, temperada com limão e azeite;
• Fruta (de preferência rica em potássio, como por exemplo, banana, pêssego, alperce, laranja ou ananás).